Mais de dois milhões de pessoas encheram no sábado as ruas dos Estados Unidos num protesto anti-Trump liderado pelas mulheres, um dia após a tomada de posse do novo Presidente.
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No evento principal, a "Marcha das Mulheres sobre Washington", os organizadores afirmaram estimar a afluência em meio milhão, com grandes multidões a aderir a marchas semelhantes em todo o país - e mais dezenas de milhares a marchar por todo o mundo.
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Não foi possível obter números independentes do protesto em Washington, já que a capital federal norte-americana não divulga contagens de multidões.
A operadora do metro WMATA disse ao diário The Washington Post que transportou um número recorde de 470 mil passageiros nas horas anteriores à marcha.
Mais de meio milhão de pessoas invadiu também as ruas de Los Angeles, numa das maiores concentrações de manifestantes que temem que os avanços quanto à igualdade de género, contraceção e aborto possam ser revertidos sob a presidência de Donald Trump.
O porta-voz da polícia de Los Angeles (LAPD), Andrew Neiman, disse que o seu departamento ainda está a calcular o total, mas acrescentou que é certamente superior ao de uma marcha pró-imigração que atraiu 500 mil pessoas em 2006.
Os organizadores da marcha de Los Angeles apontam para uma participação de 750.000 pessoas.
As entidades que convocaram o protesto em Nova Iorque indicaram igualmente uma afluência de meio milhão, tendo publicado na rede social Twitter: "É este o aspeto da democracia! Mais de 500.000 pessoas estão aqui na @womensmarch!".
O jornal Chicago Tribune noticiou que 150 mil pessoas se manifestaram na cidade, embora o número não tenha sido confirmado pela polícia.
E em Boston, a imprensa local citou a estimativa do gabinete do presidente da câmara, Marty Walsh, de entre 135 mil e 150 mil pessoas.
Outras grandes concentrações foram igualmente noticiadas em Miami, Denver, Seattle e Filadélfia, apenas algumas das dezenas de marchas semelhantes realizadas em todo o país.
Dezenas de milhares acorreram também às ruas de Londres, Paris e outras cidades europeias, em solidariedade com os manifestantes norte-americanos.