A cápsula Orion regressou à Terra, este domingo, com êxito depois de 25 dias de viagem e encerrou a histórica missão não tripulada Artemis I, que circum-navegou a Lua e é ponta de lança de um programa da NASA.
Corpo do artigo
A Orion caiu nas águas do oceano Pacífico, ao largo da Baja California (México), à hora prevista, cerca das 23.40 locais (18.40 horas em Portugal continental), depois de lançar um sistema de 11 paraquedas na sequência prevista que lhe permitiu reduzir a velocidade de cerca de 325 milhas por hora (523 quilómetros/hora) para pouco menos de 20 milhas por hora (32 quilómetros/hora).
Minutos antes, a aeronave tinha alcançado a atmosfera terrestre quando viajava a uma velocidade de 25 mil milhas por hora (40 mil quilómetros/hora), equivalente a 32 vezes a velocidade do som.
Durante o processo em que cruzou a atmosfera, a nave experimentou até cinco mil graus Fahrenheit (2800 graus Celsius) de temperatura, equivalente a metade da superfície do Sol e para a qual testou um inovador escudo térmico de cinco metros de largura.
"Chega ao fim o último capítulo da jornada da NASA à Lua. Orion, de volta à Terra", confirmou Rob Navias, do gabinete de comunicação da NASA, durante a transmissão da descida feita pela agência espacial, enquanto as imagens mostravam a cápsula flutuando nas águas do Pacífico.
"É histórico. Iniciamos uma nova etapa no espaço profundo com uma nova geração de tecnologia", afirmou emocionado o administrador da NASA, Bill Nelson, em declarações à agência espacial norte-americana.
Os planos da NASA são enviar a Artemis II em 2024 e, no ano seguinte, a Artemis III, na qual os astronautas, entre eles uma mulher e um homem de cor, pousariam no solo do satélite pela primeira vez desde 1972, quando a missão Apolo XVII à Lua o fez.