A morte de Osama bin Laden abriu caminho a uma nova geração de possíveis sucessores que poderão reivindicar, pelo menos em parte, o legado deixado pelo líder da al Qaeda. Muitos deles já foram mortos ou capturados, enquanto alguns nomes mais desconhecidos têm surgido.
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Anwar al-Awlaki, um dos líderes da célula da al Qaeda no Iémen, tem sido associado a uma série de ataques terroristas em todo o mundo, desde o 11 Setembro de 2001 até ao tiroteio em Fort Hood, no Texas, em Novembro de 2009.
A sua interpretação da violência como um dever religioso é algo recorrente nos seus sermões e na internet, fazendo com que o acusassem de ter inspirado novos recrutas para a militância islâmica.
As autoridades dos Estados Unidos acusam-no de ter ajudado a recrutar Umar Farouk Abdulmutallab, o nigeriano acusado de tentar explodir um avião que viajava em direcção à cidade norte-americana de Detroit, a 25 de Dezembro de 2009.
Após o falhanço daquele ataque, o presidente Barack Obama autorizou a sua morte pela CIA. Logo depois, Awlaki sobreviveu a um ataque aéreo no sul do Iémen.
Pensa-se que Awlaki esteja escondido nas províncias montanhosas de Shabwa e Marib, sob a protecção da tribo de Awalik, à qual pertence.
Ayman al-Zawahiri, outro dos nomes esperados para substituir bin Laden, é considerado, por alguns analistas, um dos principais responsáveis pelos atentados do 11 de Setembro.
Zawahiri é o número dois da lista dos 22 "terroristas mais procurados", atrás apenas de bin Laden, com uma recompensa de cerca de 17 milhões de euros para quem o encontrar.
Zawahiri terá sido visto pela última vez na cidade afegã de Khost, em Outubro de 2001, pensando-se que esteja refugiado nas regiões montanhosas situadas ao longo da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.
Nasser Abdul Karim al-Wuhayshi, ex-assessor de Osama Bin Laden, é o actual líder da al Qaeda na Península Arábica, formada em 2009 através de uma fusão entre duas ramificações da rede na Arábia Saudita e no Iémen.
Wuhayshi, que é a partir do sul da governadoria iemenita da Al-Baida, passou um tempo em instituições religiosas, antes de viajar para o Afeganistão no final de 1990.
Depois de fugir de uma prisão no Iémen, juntamente com outros 22 supostos membros da Al-Qaeda, em Fevereiro de 2006, Wuhayshi reivindicou a autoria de dois ataques suicidas responsáveis pela morte de seis turistas.
Em 2008, o seu nome foi ligado ao assalto da embaixada dos EUA na cidade de Sanaa em 2008, no qual morreram dez guardas iemenitas e quatro civis.
Especialistas em terrorismo citados pelo "Washington Post" consideram que a organização criada por bin Laden permanece uma ameaça "difusa mas persistente" e que continuará a representar o principal risco de segurança para os EUA.
Os analistas são unânimes em considerar essencial que se mantenham os níveis de alerta e se reforce a segurança face a uma potencial retaliação da al Qaeda.