A Universidade inglesa de Oxford informou, este sábado, que retomará os ensaios clínicos da vacina contra a covid-19, após terem sido interrompidos depois de um voluntário do Reino Unido ter sofrido uma reação adversa.
Corpo do artigo
Num comunicado, a Universidade de Oxford indicou que as provas da vacina, denominada ChAdOx1 nCoV-19 e que é desenvolvida em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca, serão retomadas no Reino Unido após uma pausa no passado dia 6 de setembro, como medida de precaução, depois de uma mulher vacinada ter apresentado problemas na medula espinal.
"Num ensaio com 18 mil voluntários, é expectável que alguns passem mal, por isso temos de analisar minuciosamente cada caso para garantir a segurança" da vacina, informou a Universidade de Oxford.
A Universidade de Oxford não revelou pormenores sobre o estado de saúde da voluntária, alegando razões de confidencialidade.
Suspensa a 6 de setembro, para ser reavaliada por um painel independente de especialistas, a vacina retoma os testes, de momento apenas no Reino Unido, com o aval dos especialistas e da agência reguladora britânica do medicamento, a MHRA, na sigla original.
Esta foi a segunda vez que os ensaios desta vacina foram interrompidos por questões de segurança. Em julho, os testes pararam quando um outro voluntário foi diagnosticado com esclerose múltipla, mas foram retomados quando se concluiu que tinha sido uma coincidência.
Esta possível vacina, considerada uma das mais avançadas das que se desenvolvem em todo o mundo, está na fase final dos ensaios clínicos, antes de receber a autorização dos organismos reguladores para proceder à imunização da população.
Em finais de agosto, a UE fechou "um primeiro contrato" com a farmacêutica britânica AstraZeneca que garantia o acesso a 300 milhões de doses da vacina, pelo que a suspensão dos ensaios provocou um motivo sério de preocupação em todo o mundo.