Pagamento de multa pendente antecipa data de libertação de suspeito no caso Maddie

Brueckner, de 48 anos, está preso na Alemanha por crimes sexuais não relacionados com o caso de Madeleine, cujo desaparecimento durante umas férias em família em Portugal desencadeou uma busca que durou anos e gerou grande impacto mediático. Em 2020, os investigadores alemães apontaram-no como suspeito na investigação "Maddie", mas ainda não o acusaram pelo caso.

O suspeito deveria ter sido libertado da prisão em janeiro do próximo ano, disse à AFP Christian Wolters, porta-voz do Ministério Público de Brunswick. No entanto, uma multa pendente entretanto paga, antecipando a data de libertação para 17 de setembro.

De acordo com o jornal alemão "Del Spiegel", a multa de 1447 euros estava relacionada com crimes como falsificação de documentos e agressão e que, como Brueckner não conseguiu pagá-la, foi condenado a uma pena de prisão adicional. A multa terá sido paga no início deste mês por uma mulher que trabalhava num departamento de polícia que estava envolvida na instalação de escutas para espiar Brueckner na sua cela. A mulher, não identificada, disse ao "Der Spiegel" que tinha feito a transferência, mas que tinha sido um "mal entendido" e que tinha tentado, em vão, revertê-la.

Por outro lado, Wolters, afirmou que, "se alguém achar que pagou por engano", pode contactar as autoridades. "Se for uma transferência errada, é claro que pode ser revertida", acrescentou.

Brueckner está a cumprir pena por ter violado uma idosa norte-americana em Portugal, no mesmo resort à beira-mar onde Madeleine desapareceu. Foi ilibado de várias outras acusações de violação e abuso sexual infantil após um julgamento no ano passado.

No início deste mês, os investigadores realizaram uma nova busca de três dias na região do Algarve onde Madeleine desapareceu, mas não detalharam os resultados das buscas.