Um pai acompanhado pelo filho de três anos esteve escondido numa câmara frigorífica durante o sequestro, de sexta-feira, no supermercado judaico, que terminou com a morte do terrorista Amedy Coulibaly.
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No momento em que Amedy Coulibaly, o terrorista que fazia parte da mesma fileira jiadista a que pertenciam os irmãos Kouachi, invadiu o supermercado "Hyper Cacher", em Porte de Vincennes, e abriu fogo sobre uma série de pessoas, Ilan refugiou-se, juntamente com mais três pessoas, numa câmara frigorífica, onde permaneceu durante cerca de cinco horas.
A mãe de Ilan contou, à agência AFP, que o seu filho decidiu não tentar entrar em contato com o exterior, até mesmo por "sms", para evitar o risco de atrair a atenção dos atacantes.
No entanto, sabendo da presença do filho e do neto no local onde decorria o sequestro, a mãe de Ilan forneceu o número de telemóvel do filho à polícia, que assim conseguiu localizar o grupo que estava escondido.
Amedy Coulibaly foi abatido pela polícia, numa operação onde morreram também quatro reféns e levada a cabo simultaneamente com o assalto à gráfica onde os irmãos Kouachi se barricaram.
O terrorista, de 32 anos, era também suspeito de ter assassinado, a tiro, uma mulher polícia, na quinta-feira.