Um casal de britânicos foi detido por tentar enviar dinheiro para o filho comprar uns óculos. O problema é que o filho vive na Síria e está acusado de combater nas fileiras do autoproclamado Estado Islâmico.
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Jack Letts, de 20 anos, foi identificado pelas autoridades como "Jihadi Jack", o primeiro britânico branco a juntar-se ao grupo terrorista. Converteu-se ao islamismo e mudou-se de Oxford para a Síria, onde casou com uma iraquiana e teve um filho, Muhammed.
Segundo os seus pais, Sally Lane e John Letts, Jack sofreu de distúrbio obsessivo-compulsivo "muito grave" na adolescência, o que foi tornando a sua personalidade cada vez mais "peculiar", explicou o pai à "4 News".
Os pais de Jack garantem que o filho não é combatente do autodenominado Estado Islâmico e desafiam quem tiver provas a apresentá-las. "Se me mostrarem evidências serei o primeiro a acreditar e a participar às autoridades", assegura o pai. "Não quero um filho capaz de fazer esse tipo de coisas, não foi assim que foi educado, ele não é assim", acrescenta.
Nesse sentido, Sally e John não entendem por que motivo não podem ajudar o filho a comprar uns óculos e alegam que, como quaisquer pais, estão preocupados com a sua saúde e bem-estar.
"Ele tem enviado mensagens desesperadas, a dizer quem tem passado frio, fome, que não vê. Sabemos que, legalmente, não podemos ajudá-lo. Simplesmente não consigo compreender isso", diz John.