Pais e líder de seita condenados por matarem menina diabética ao privá-la de insulina

Menina morreu depois de os pais rejeitarem tratamento e assistência médica
Foto: Caroline Brehman / EPA
Um tribunal australiano condenou, esta quarta-feira, 14 integrantes de uma seita religiosa pelo homicídio qualificado de uma menina com diabetes que foi privada de acesso à insulina.
Os pais da menina Elizabeth Struhs, assim como o líder religioso do grupo Saints, estão entre os condenados pela morte da criança em janeiro de 2022, após o julgamento no Supremo Tribunal do estado de Queensland, no norte do país.
O pequeno grupo religioso da cidade de Toowoomba tinha uma "crença fundamental" no poder de cura de Deus e não admitia assistência médica, afirmou o juiz Martin Burns na sentença.
A menina morreu de cetoacidose — uma complicação grave da diabetes — depois de a sua medicação com insulina ter sido suspensa por vários dias, destaca a sentença.
Jason e Kerrie Struhs, pais da menina, foram condenados por homicídio qualificado por abdicarem do dever de cuidar da filha, demonstrando "grave falha moral e desprezo pela vida humana", segundo o juiz.
Os outros condenados foram declarados culpados do mesmo crime devido ao encorajamento aos pais para que impedissem a menina de receber insulina.
