Os alunos neerlandeses não poderão levar telemóveis, tablets, smartwatches e outros dispositivos eletrónicos para as salas de aula a partir de 1 de janeiro de 2024. Segundo o Ministério da Educação, o anúncio desta terça-feira tem como objetivo minimizar as distrações a que os alunos possam estar sujeitos no ensino.
Corpo do artigo
O Governo dos Países Baixos informou que os dispositivos eletrónicos só serão permitidos nas salas de aulas em situações estritamente necessárias, nomeadamente durante as aulas no âmbito das competências digitais, ou quando há uma justificação, uma razão médica ou para pessoas com deficiência.
Citado pela agência Reuters, o ministro neerlandês da Educação, Robbert Dijkgraaf, sustenta que "os alunos têm de ser capazes de se concentrar e precisam que lhes seja dada uma oportunidade para estudar da forma correta". O ministro defende que, por muito que estes dispositivos já estejam enraizados no quotidiano, "não pertencem às salas de aula".
A interdição surge após um acordo alcançado entre a tutela, as escolas e as associações e organizações do setor no país. Segundo Dijkgraaf, os estabelecimentos de ensino serão responsáveis pela organização da medida nos recintos escolares. Porém, caso a decisão não traga os resultados desejados até ao verão de 2024, o Executivo admite a possibilidade de aplicar regras legais.
Os telemóveis já haviam sido banidos das escolas públicas e privadas dos ensinos básico e secundário em França, há cerca de quatro anos. Uma medida semelhante foi anunciada também na Finlândia, apesar de ainda não haver uma data de implementação. Em Portugal, há uma petição online que apela à "revisão do atual estatuto do aluno quanto ao uso de telemóveis smartphones nas escolas", e mais de 18 mil assinaturas digitais já foram recolhidas.

