Todos os países vizinhos da Itália "se comprometeram a manter as suas fronteiras abertas", apesar da multiplicação repentina de casos de infetados com coronavírus Covid-19 no país, anunciou esta terça-feira o ministro da Saúde de Itália, Roberto Speranza.
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O encerramento das fronteiras "seria um erro e [uma medida] desproporcional", explicou no final de uma reunião ministerial em Roma entre a Itália, a França, a Suíça, a Áustria, a Croácia, a Alemanha e a União Europeia.
Os ministros também decidiram "avaliar caso a caso" o possível cancelamento de grandes eventos, referiram em comunicado conjunto.
As autoridades italianas anunciaram esta terça-feira a existência de cem novos casos de infetados com Covid-19, existindo agora no país mais de 322 pessoas contagiadas em oito regiões diferentes, verificando-se já dez mortos, no país.
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Em conferência de imprensa, o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli, disse que os casos estavam, até aqui, concentrados no norte do país, mas que já há infetados do novo coronavirus nas regiões de Toscana e Sicília, no centro e sul de Itália.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.705 mortos e mais de 80 mil pessoas infetadas, de acordo com dados reportados até hoje, por cerca de 30 países.
Além de 2.665 mortos na China, onde o surto começou no final do ano, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.
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Em Portugal, já foram contabilizados 16 casos suspeitos, 15 dos quais resultaram negativos após análises, estando um novo caso a ser avaliado.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.