O Papa Francisco deu o pontapé de saída, este sábado, em Roma, a um jogo de futebol disputado entre duas equipas de jovens jogadores no âmbito da primeira Jornada Mundial das Crianças.
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De pé em frente à sua cadeira, o pontífice, amante de futebol, chutou a bola que deu início à partida de cinco minutos disputada por equipas que misturavam crianças e ex-astros da Liga italiana, como o guarda-redes Gigi Buffon, entre outros.
À sua chegada ao Estádio Olímpico de Roma, o Papa Francisco foi recebido com entusiasmo por dezenas de milhares de crianças, acompanhadas das suas famílias e vindas de todos os continentes.
Foram lidas várias mensagens de crianças, como a de Victor, um palestiniano de nove anos, dizendo "só queremos brincar, estudar e viver livres como tantas outras crianças no mundo".
De manhã, o Papa recebeu um grupo de crianças ucranianas e palestinianas, segundo um comunicado do Vaticano, que não deu mais detalhes.
Atualmente, a Faixa de Gaza é cenário de uma guerra sangrenta entre Israel e o grupo Hamas, desencadeada pelos ataques sem precedentes do movimento palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro.
A Ucrânia, por sua vez, enfrenta as tropas russas desde o início da invasão do país vizinho ao seu território, há mais de dois anos.
"Sei que ficam tristes com as guerras que provocam muitos mortos e sofrimento. Estão preocupados com as mudanças climáticas e suas consequências", escreveu o pontífice em mensagem às crianças.
Francisco respondeu às perguntas de várias crianças, enquanto distribuiu doces. A um menino que lhe perguntou se a paz é possível, respondeu que "a paz sempre é possível" e que para alcançá-la é preciso dar a mão ao próximo, declarou, segurando a mão do menino e convidando todos os presentes no estádio a fazerem o mesmo.
Esta Jornada Mundial das Crianças termina no domingo com uma missa na praça de São Pedro, no Vaticano, presidida pelo pontífice.
A Jornada Mundial das Crianças é uma iniciativa do Papa Francisco, a quem um menino perguntou no ano passado porque as crianças não tinham um dia para elas quando os mais velhos tinham a Jornada Mundial da Juventude há décadas.