Na tradicional missa de Ano Novo, o Papa Francisco renovou o apelo à rejeição do aborto e voltou a pedir um cessar-fogo global. O líder da Igreja Católica dirigiu-se ainda às mães enlutadas que perderam os filhos nos conflitos.
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Na tradicional missa de Ano Novo, a partir da Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco reafirmou apelos já conhecidos: o fim do aborto e de todas as guerras, bem como o perdão da dívida dos países pobres, deixando uma mensagem emotiva às mães que perderam os filhos nos combates.
Na eucaristia dedicada a Maria, o líder da Igreja Católica pediu aos fiéis um “firme compromisso” com o respeito pela dignidade da vida humana, “desde a conceção até à morte natural, para que cada pessoa possa amar a sua própria vida e olhar para o futuro com esperança”.
“Aprendamos a cuidar de cada criatura nascida da mulher, protegendo sobretudo o precioso dom da vida, como fez Maria”, exortou Francisco, que nos últimos anos tem feito da luta contra o aborto um tema recorrente, tendo já considerado que procurar alguém que faça um aborto é como contratar um assassino.
Sofrimento das mães
Noutro prisma, e sem abandonar o tema da maternidade, o Papa apelou a um cessar-fogo global, sublinhando o sofrimento que a guerra provoca, sobretudo nas mães que perdem os filhos. “As mães têm sempre os seus filhos no coração. Neste primeiro dia do ano, dedicado à paz, pensemos em todas as mães que se alegram nos seus corações, e em todas as mães cujos corações estão repletos de dor, porque seus filhos foram levados pela violência, pela soberba, pelo ódio”, declarou.
Pedindo “paz e reconciliação”, Francisco recordou os conflitos na Ucrânia, em Israel, em Gaza, em Myanmar e na República Democrática do Congo e reforçou que “a guerra é sempre uma derrota”. “Como é bela a paz, que alegra a vida dos povos e como é desumana a guerra, que despedaça o coração das mães”, reforçou o argentino de 88 anos, que também descatou a importância da compaixão com os mais frágeis.