O pontífice da Igreja Católica pediu esta sexta-feira, durante uma conferência em Roma, aos políticos italianos que encontrem soluções para reverter o declínio da taxa de natalidade no país que, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas italiano, se encontra com o valor mais baixo já registado.
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De acordo com o Papa Francisco, citado pela agência de notícias italiana ANSA, a descida da taxa de natalidade em Itália deve-se à "dificuldade" das pessoas e, essencialmente, dos jovens "em encontrar um emprego estável, às rendas altíssimas e aos salários insuficientes" que, para o líder do Vaticano, são "um problema real" em Itália.
Na conferência sobre a crise demográfica, presidida pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o chefe de Estado lamentou que os jovens de hoje vivam "num clima social no qual formar uma família está a tornar-se um esforço titânico".
Para Meloni, citada pela BBC, "resolver o problema [da taxa de natalidade] é uma prioridade absoluta" para que "a Itália volte a ter um futuro brilhante".
Segundo a organização não-governamental Save the Children, seis em cada dez mães não têm acesso a creches e muitas delas, quando estão grávidas, são forçadas a pedir demissão.
Em 2022, o número de nascimentos em Itália foi de 393 mil. Em contrapartida, no mesmo ano, quase 714 mil mortos foram registados numa população de cerca de 58 milhões.