O Papa Francisco pediu, esta quarta-feira, paz duradoura na Ucrânia, um dia depois de Moscovo ter admitido a possibilidade de mediação do Vaticano para o conflito desencadeado após a invasão russa ao território ucraniano em fevereiro passado.
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"Não nos esqueçamos de rezar, continuemos a rezar pela atormentada Ucrânia. Que o Senhor proteja esse povo e nos guie pelo caminho da paz duradoura", afirmou, durante a audiência habitual das quartas-feiras na Praça de São Pedro.
O porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, assegurou, na terça-feira - durante a sua conferência de imprensa diária -, que o país está "disposto a discutir tudo isso [a situação na Ucrânia] com os norte-americanos, com os franceses e com o Papa".
Peskov reagia à iniciativa do Presidente francês, Emmanuel Macron, que, num encontro realizado na segunda-feira com o Papa, lhe pediu para ligar ao Presidente russo, Vladimir Putin, ao patriarca da Igreja Ortodoxa, Kirill, e ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para promover um processo de paz na Ucrânia.
"Se isso for realmente significar um esforço para encontrar possíveis soluções, pode ser avaliado positivamente", reconheceu Peskov.
Sobre esta possibilidade, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, referiu, em declarações à imprensa italiana, considerar ser "algo positivo".
"Uma abertura deste tipo é obviamente uma abertura genérica que depois terá de ser feita tendo em conta todos os aspetos, mas haver vontade de falar já que parece ser um sinal", considerou o "número dois" do Vaticano.