A França condena "a ação do grupo terrorista" que anunciou a morte do refém francês lusodescendente Gilberto Rodrigues Leal, raptado em novembro de 2012 no Mali, declarou esta terça-feira o ministério dos Negócios Estrangeiros, que sublinha não possuir prova material.
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"Condenamos da forma mais firme a ação deste grupo terrorista", declarou o porta-voz do Quai d'Orsay, Romain Nadal.
"O comunicado do Mujao, responsável pelo rapto, conduz-nos infelizmente hoje a pensar que Rodrigues Leal está provavelmente morto, apesar de nenhuma prova material nos poder ainda autorizar a confirmá-lo", acrescentou Nadal.
"Anunciamos a morte de Rodrigues, está morto porque a França é nossa inimiga", declarou durante um breve contacto telefónico com a agência AFP Yoro Abdul Salam, um responsável do Movimento para a Unicidade e a Jihad na África do Oeste (Mujao).
O grupo não precisou quando e em que circunstâncias o refém foi morto. "Em nome de Alá, está morto", referiu Yoro Abdul Salam, antes de interromper o contacto.
O francês de origem portuguesa, de 61 anos, foi sequestrado a 20 de novembro de 2012 por homens armados perto de Kayes (oeste do Mali), quando viajava, proveniente da Mauritânia, numa autocaravana.
O rapto foi reivindicado dois dias mais tarde pelo Mujao.