O primeiro-ministro da Crimeia, Serguei Axionov, indicou, este domingo, que o parlamento da Crimeia vai pedir na segunda-feira, em sessão extraordinária, ao Presidente russo, Vladimir Putin, a integração da península ucraniana na Federação da Rússia.
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"Faremos tudo o mais rapidamente possível, ainda que cumprindo todos os requisitos legais", disse Axionov à agência russa Interfax, após a realização de um referendo em que, segundo sondagens à saída das urnas, 93% dos eleitores votou a favor da reunificação da república autónoma ucraniana da Crimeia à Rússia.
De acordo com o vice-primeiro-ministro da Crimeia, Rustam Temirgalev, os habitantes da península poderão obter o passaporte russo, a carta de condução e outros documentos recorrendo aos "procedimentos de urgência".
Na cidade de Sebastopol, onde está estacionada a frota russa do Mar Negro, a participação alcançou 85%.
O referendo, cujas duas perguntas eram "Aprova a reunificação da Crimeia com a Rússia como membro da federação da Rússia?" e "Aprova a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto da Crimeia como fazendo parte da Ucrânia?", é considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev e pela maioria da comunidade internacional.
Só Moscovo defende que se trata de uma consulta "legítima".