O parlamento da cidade autónoma espanhola de Ceuta suspendeu este ano, pela primeira vez, os plenários durante o Ramadão, o mês sagrado para os muçulmanos.
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Meios de comunicação social locais, que citam fontes do parlamento e da presidência da cidade, noticiaram que a suspensão dos trabalhos foi decidida pela Mesa da assembleia de Ceuta, presidida pelo Partido Popular (PP, direita) e que integra também o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Movimento para a Dignidade e Cidadania (um movimento local).
PP e PSOE são os dois maiores partidos de Espanha e o primeiro governa a cidade autónoma, um enclave espanhol no norte de África.
Vivem em Ceuta cerca de 83.200 pessoas e 43% da população é "de tradição muçulmana", segundo os dados mais recentes do Observatório Andalusí, que integra a Comissão Islâmica de Espanha, uma entidade que representa as comunidades muçulmanas no país.
O parlamento de Ceuta tem 25 deputados e 10 são "de tradição muçulmana".
O Ramadão arrancou, este ano, em 28 de fevereiro ou 1 de março e termina entre 31 de março e 1 de abril, dependendo do local do planeta, já que a data exata está relacionada com o avistamento da lua.
Durante os dias do Ramadão, os muçulmanos cumprem um jejum entre o amanhecer e o anoitecer.
Os meios de comunicação social locais sublinharam que a decisão do parlamento de Ceuta de suspender os plenários do mês do Ramadão foi inédita na cidade, mas também em Espanha.
O país tem um outro enclave no norte de África, Melilla.