O Parlamento Europeu (PE) reconheceu Edmundo González, principal opositor ao regime de Nicolás Maduro, como o presidente legítimo do país, com o voto contra da esquerda representada no hemiciclo.
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Durante a sessão plenária em Estrasburgo (França), os eurodeputados aprovaram uma resolução com 309 votos favoráveis, 201 contra e 12 abstenções, que reconhece o líder da oposição, atualmente exilado, como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.
Esta foi uma iniciativa do PPE, grupo político da AD no Parlamento Europeu, contando com o eurodeputado Sebastião Bugalho e o espanhol Gabriel Mato como autores e negociadores da resolução, que contou com emendas do grupo SD (do PS), do grupo Renew (da IL), do grupo da Esquerda Unida (do PCP e do BE) e do grupo dos Verdes.
De acordo com as instituições venezuelanas, Nicolás Maduro venceu o sufrágio e foi reeleito para mais um mandato. Mas a oposição e grande parte da comunidade internacional reivindicam ao acesso às atas eleitorais para certificar os resultados. A oposição apresentou, inclusive, resultados opostos, que apontavam para uma alegada derrota de Maduro.
Mas o regime venezuelano não disponibilizou até hoje as atas.
O texto aprovado em plenário instou os países da União Europeia a encetarem todos os esforços possíveis para assegurar a tomada de posse de Edmundo González no dia 10 de janeiro de 2025.