O Parlamento Europeu vai vetar qualquer tentativa de saída do Reino Unido da União Europeia, que implique a perda imediata de direitos para viver e trabalhar a cidadãos europeus que se mudem nos próximos dois anos ou que já habitem no país.
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O jornal britânico "The Guardian" garante que Michel Barnier, o principal negociador do Brexit por parte da União Europeia, e os parlamentares europeus estão preocupados com notícias que dão conta de que o Reino Unido quer limitar a livre circulação de pessoas a partir desta quarta-feira (29 de março de 2017), a data anunciada para ativar o artigo 50.º e que formaliza a intenção de saída da União.
Segundo o que tem sido noticiado na imprensa inglesa, o governo de Theresa May considera que, com a entrega, a 29 de março, da carta que ativa o processo de saída da União Europeia, cessam os direitos de entrada de cidadãos europeus no Reino Unido.
Fonte governamentais dizem ao jornal britânico que adiar a data em que esses direitos cessam para o final de dois anos de negociações é um convite a uma entrada massiva de cidadãos europeus no país durante esse período. Ainda assim, os responsáveis britânicos garantem que o tema estará aberto a negociações.
O Parlamento Europeu continua a insistir em "igualdade, reciprocidade, simetria e não-discriminação" para todos os cidadãos da União Europeia enquanto o Reino Unido continuar a ser um estado-membro, mesmo que esteja em processo de saída.
O artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que indica a intenção de um estado-membro de sair da União Europeia, vai ser ativado esta quarta-feira, às 12.30 horas, pelo representante do Reino Unido na UE.