O parlamento iraquiano instou o governo a acabar com a presença de forças de coligação lideradas pelos EUA no país, indignado com o ataque americano que matou comandantes iranianos e iraquianos na semana passada.
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Cerca de 5.200 soldados americanos estão estacionados em bases iraquianas, após o convite do governo iraquiano em 2014 para apoiar as tropas locais que combatem o Estado islâmico.
"O parlamento votou para comprometer o governo iraquiano a cancelar seu pedido de ajuda à coligação internacional para combater o Estado Islâmico", anunciou o deputado Mohammed Halbusi.
Líder do Hezbollah pede saída de tropas dos EUA no Iraque
O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, pediu também que o Iraque seja libertado da "ocupação" dos EUA, dois dias depois da morte do general iraniano Qassem Soleimani, vítima de um ataque aéreo norte-americano.
"O nosso pedido, a nossa esperança, o que é esperado dos nossos irmãos no parlamento iraquiano é [...] adotar uma lei exigindo a saída das forças americanas do Iraque", afirmou Nasrallhah, durante um discurso divulgado por uma estação libanesa.
O líder do grupo xiita libanês disse que a expulsão dos soldados norte-americanos do Iraque deve ser uma prioridade, no momento em que o Pentágono anunciou a chegada de 750 militares a Bagdade e se prepara para enviar mais cerca de cinco mil, para assegurar a proteção de instalações no Médio Oriente.
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Para Hassan Nasrallah, os EUA devem "pagar o justo preço" por terem matado o general iraniano Qassem Soleimani.
"Os combatentes suicidas que no passado forçaram os americanos a deixar a nossa região, ainda estão aqui e são até mais numerosos", disse o líder do Hezbollah, referindo-se às equipas de ataques terroristas que atuam no Médio Oriente.
O general Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.
No mesmo ataque morreu também Abu Mehdi al-Muhandis, o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de outras seis pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.