O presidente do parlamento sírio exortou esta sexta-feira os parlamentares norte-americanos a não autorizarem um ataque militar à Síria, antes de a questão ser debatida no Congresso, a partir de segunda-feira, informou a agência oficial Sana.
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"Pedimos que não aprovem uma medida irrefletida, quando têm o poder de levar os Estados Unidos a trocar a via da guerra pela da diplomacia", escreveu Jihad al-Lahham aos deputados dos Estados Unidos, de acordo com a agência síria.
Lahham pediu que a carta seja entregue a cada parlamentar norte-americano antes do início do debate sobre uma intervenção militar na Síria, uma discussão que tem lugar a pedido do presidente Barack Obama, que pretende punir o regime sírio pelo alegado recurso a armas químicas, num ataque a 21 de agosto nos arredores de Damasco. A operação fez centenas de mortos, incluindo muitas crianças.
A Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado já deu parecer favorável a uma ação militar contra a Síria.
"Qualquer intervenção militar será ilegal dado que a Síria é um país soberano e não representa qualquer ameaça para os Estados Unidos e o Conselho de Segurança da ONU não autorizou um ataque", defendeu o presidente do parlamento sírio.
Lahham lembrou também que a missão de peritos da ONU que esteve na Síria ainda não divulgou as suas conclusões sobre o alegado uso de armas químicas.
A 1 de setembro, Damasco já tinha apelado ao Congresso norte-americano para "mostrar bom senso" e não dar luz verde a uma intervenção na Síria.
"As alegações (norte-americanas) sobre a utilização pela Síria de armas químicas não têm fundamento", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Fayçal Moqdad.
"As armas químicas foram utilizadas pela al-Qaeda e pelos que estão a soldo desta, graças ao que a Turquia, a Arábia Saudita e outros países dão a estes terroristas", acusou.
Há dois dias, Lahham enviou uma carta idêntica aos parlamentares franceses.