O veterano da política escocesa John Swinney tornou-se esta segunda-feira o novo líder do partido pró-independência SNP, na sequência da demissão de Humza Yousaf, a quem deverá suceder como primeiro-ministro, anunciou o partido.
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"Sinto-me profundamente honrado por ter sido nomeado líder do SNP", disse John Swinney à agência francesa AFP.
Swinney, 60 anos, foi o único candidato que se apresentou às eleições do Partido Nacional Escocês.
Pouco mais de um ano após ter sucedido à carismática Nicola Sturgeon, Humza Yousaf, 39 anos, foi forçado a demitir-se em 29 de abril, depois de ter posto termo ao Governo de coligação com os Verdes.
Yousaf continua à frente do executivo até ser escolhido um sucessor.
Para se tornar primeiro-ministro, Swinney tem de ser eleito pelo Parlamento escocês, no qual o SNP, com 63 lugares em 129, está muito à frente dos vários partidos da oposição, mas sem maioria absoluta.
Natural de Edimburgo, Swinney iniciou a carreira política como deputado em 1999, tendo sido membro de vários executivos.
Foi vice-primeiro-ministro de Nicola Sturgeon de 2014 a 2023, tendo abandonado o cargo quando Sturgeon se demitiu inesperadamente.
Swinney já tinha liderado o SNP entre 2000 e 2004, quando o partido estava na oposição.
Ao anunciar a candidatura, afirmou que queria restaurar a unidade do SNP e da Escócia, numa altura em que a luta pela independência da Escócia em relação ao Reino Unido parece estar num impasse.
Quanto ao SNP, está sob investigação policial por questões financeiras e tem visto a popularidade a diminuir.
O Parlamento escocês é responsável por muitos domínios, incluindo a saúde e a educação, enquanto os assuntos externos e a defesa são da responsabilidade de Londres.
O principal desafio do novo líder será também limitar a ascensão do Partido Trabalhista na Escócia, no período que antecede as eleições gerais deste ano para um novo Parlamento britânico.