Partidos aprovam lei em Espanha para aumentar apoio aos pacientes com esclerose
Por dia, três pessoas são diagnosticadas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em Espanha. São mais de 1000 novos casos por ano, segundo os dados da Sociedade Espanhola de Neurologia, que sublinha que a alta mortalidade dos pacientes com esta doença faz com que, no país, vivam cerca de 4000 pessoas com ELA.
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Foi para eles que, num raro exercício de consenso na política espanhola, PSOE, PP, Sumar e Junts chegaram a acordo para desenvolver uma nova lei que ofereça os cuidados específicos que esta doença neurodegenerativa exige.
O texto estipula que, desde que é diagnosticada a doença, o paciente receba um certificado de incapacidade de 33%, que será revisto num prazo máximo de três meses, e que, nos casos avançados, o doente tenha direito a cuidados 24 horas por dia.
“Estamos muito satisfeitos com o acordo alcançado, sobretudo pela atenção 24 horas para os pacientes em estado avançado. Era um ponto extremamente importante para nós, essencial para os pacientes, e ao qual não estávamos dispostos a renunciar”, explica ao JN Fernando Martín, presidente da Confederação Nacional de Entidades de Esclerose Lateral Amiotrófica (ConELA).
Para chegar a esse acordo, as associações tiveram que deixar outros pontos pelo caminho, “como o reconhecimento de uma incapacidade de 65% desde o diagnóstico”, por isso, definem esta lei “como um bom ponto de partida para continuar a lutar por mais direitos”.