Oito cidadãos com passaporte português a bordo de um cruzeiro em quarentena no Japão estão sem sintomas de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov), indicou esta sexta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
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Trata-se de cinco tripulantes e três passageiros, cujas análises para a presença do 2019-nCov deram resultado negativo, adiantou Graça Freitas, numa conferência de imprensa, em Lisboa, onde foi feito novo balanço sobre o surto da doença respiratória aguda provocada pelo novo coronavírus.
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No navio Diamond Princess, sob quarentena no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, foram confirmados até à data 61 casos de infeção pelo 2019-nCov, que foi detetado pela primeira vez em dezembro na China.
O número de pessoas contaminadas no cruzeiro não inclui um residente de Hong Kong que saiu do navio na região administrativa especial chinesa.
As pessoas infetadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento.
As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do "Diamond Princess", que transportava 3.700 pessoas. O navio está sob quarentena desde segunda-feira e por um período de duas semanas.
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Graça Freitas clarificou esta sexta-feira que não dispõe de informação das autoridades de saúde locais sobre as sete pessoas com passaporte português que estão a bordo de um cruzeiro em quarentena em Hong Kong.
Na quinta-feira, a diretora-geral da Saúde disse, respondendo a uma questão dos jornalistas sobre estes cidadãos, que os mesmos não estavam "em risco especial" e não tinham sintomas.
À Lusa, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha-Alves, referiu hoje que se trata de tripulantes do navio World Dream e que não têm problemas de saúde.
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As autoridades de Macau (região administrativa especial chinesa) e de Portugal continuam, no entanto, sem saber a identidade dos sete cidadãos, desconhecendo se são residentes em Macau ou em Portugal.
O "World Dream", mantido em quarentena desde quarta-feira no porto de Hong Kong, transportava 3.600 pessoas, entre tripulantes e passageiros, que foram sujeitos a exames médicos após a confirmação de que três passageiros chineses, que haviam viajado anteriormente na embarcação, estavam infetados com o novo coronavírus.
A China elevou esta sexta-feira para 636 mortos e mais de 31 mil infetados o balanço do surto do 2019-nCoV, que começou em dezembro na cidade de Wuhan, colocada sob quarentena.
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Nas últimas 24 horas, registaram-se 73 mortes e 3143 novos casos.
Além do território continental da China e das regiões de Macau e Hong Kong, há casos de infeção confirmados em mais de 20 países.
A Organização Mundial de Saúde declarou, há uma semana, o surto como uma emergência de saúde pública internacional face ao risco elevado de propagação do novo coronavírus (família de vírus que causa infeções respiratórias como a pneumonia) à escala global.
A emergência internacional implica a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.