Os passageiros do "Costa Allegra" foram preparados para abandonar o navio na altura do incêndio a bordo, contou o capitão, Niccolo Alba, em conferência de imprensa.
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"Os passageiros foram equipados para a evacuação do navio, vestiram os coletes salva-vidas e foram levados para os barcos de salvamento", declarou o capitão Niccolo Alba durante uma conferência de imprensa, algumas horas depois da chegada do navio a Port Victoria em Mahé, a principal ilha das Seychelles.
"Esta situação de urgência durou três horas, até termos a certeza de que o fogo estava completamente extinto", adiantou o capitão do navio.
O incêndio deflagrou na segunda-feira às 13.40 horas locais (09.40 horas em Portugal continental) na casa das máquinas, desconhecendo-se até ao momento a razão, e "foi extinto em menos de uma hora", acrescentou.
As coisas complicaram-se porque o gerador de socorro, que está localizado num sítio diferente do navio, também deixou de funcionar, explicou. "Infelizmente ficou fora de serviço cerca de três ou quatro horas após o incêndio, ainda não sabemos porquê", frisou Niccolo Alba.
Referindo que "a segunda situação de urgência, foi o estado das (cerca de mil) pessoas a bordo do navio", o capitão adiantou que na segunda-feira e na terça-feira tentaram organizar-se e "encontrar uma solução para o principal problema que eram as casas de banho".
"Os passageiros mantiveram-se sempre calmos", congratulou-se o capitão.
O "Costa Allegra" foi rebocado desde terça-feira por um atuneiro francês até Port Victoria onde chegou hoje de manhã. As duas embarcações foram escoltadas pela guarda costeira das Seychelles para evitar qualquer ataque de piratas somalis.