Uma dúzia de patentes pertencentes ao inventor e filantropo sueco Alfred Nobel, perdidas durante quase 50 anos, foram encontradas recentemente na casa de verão de um casal sueco, informou a Fundação Nobel.
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Nobel - que descobriu a dinamite em 1867 e criou o Prémio Nobel no seu testamento de 1895 - tinha centenas de patentes em vários países, a maioria delas relacionadas com métodos de produção e usos de explosivos usando nitroglicerina.
"Recebemos uma chamada de uma pessoa que trabalha num leilão", disse a chefe da Fundação Nobel, Hanna Stjarne, à AFP. "Ele tinha esses documentos que lhe foram entregues por um casal do sul da Suécia, em Blekinge, que os encontrou na sua casa de férias. Analisámos e vimos que são realmente documentos de grande importância que queremos guardar para as gerações futuras".
Embora não se saiba como foram parar à casa de férias do casal, as patentes oferecem uma visão única da vida de Nobel. "Foi impressionante abrir estes documentos, observá-los e ter uma ideia de como deve ter sido a vida há 150 anos, como ele viajou pela Europa e trabalhou na Europa", referiu Stjarne.
Nobel era conhecido como um viajante, sendo apelidado de "o vagabundo mais rico do Mundo". Viveu na Suécia, Rússia, Alemanha, França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Itália. Para proteger as suas patentes e evitar ter de transportar nitroglicerina perigosa por longas distâncias, o inventor fundou empresas em vários países.