O patrão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, negou hoje, no comissariado da polícia, todas as acusações que levaram à sua detenção, garantiu um dos seus advogados norte-americanos.
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"Ele negou todas as acusações", disse o advogado aos jornalistas à saída do comissariado da polícia em Nova Iorque, onde Strauss-Kahn está detido desde sábado à noite.
Contactado telefonicamente pela AFP, o advogado William Taylor disse que o diretor-geral do FMI "está bem".
"Nós vimo-lo e ele está bem. Estaremos com ele, mais tarde, no tribunal", afirmou.
O socialista preferido nas sondagens para as eleições presidenciais francesas de 2012, de 62 anos, foi detido no sábado quando já estava dentro de um avião com destino a Paris.
Dominique Strauss-Kahn é acusado de alegada agressão sexual, sequestro e tentativa de violação contra uma jovem mulher de 32 anos num quarto de hotel em Nova Iorque.
Estes crimes são passíveis de uma pena de até 20 anos de prisão no Estado de Nova Iorque.
A sua mulher, a antiga jornalista Anne Sinclair, afirmou em comunicado que não acredita "nem por um segundo" nas acusações contra o seu marido.
O patrão do FMI deverá comparecer ainda hoje perante um juiz que vai decidir se decreta a sua prisão preventiva ou se pagará uma caução para ficar em liberdade a aguardar julgamento.