Pedida pena de morte para Luigi Mangione, acusado do homicídio de CEO da "UnitedHealthcare"
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, deu esta terça-feira instruções aos procuradores federais que procurem a condenação à pena de morte de Luigi Mangione, acusado do homicídio do CEO da "UnitedHealthcare".
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“O assassinato de Brian Thompson por Luigi Mangione - um homem inocente e pai de duas crianças pequenas - foi um assassinato premeditado e a sangue-frio que chocou a América”, disse Bondi num comunicado. “Depois de uma análise cuidadosa, dei instruções aos procuradores federais para procurarem a pena de morte neste caso”.
Bondi também classificou o assassinato como "um ato de violência política" que "pode ter representado um grave risco de morte para outras pessoas".
Mangione é acusado, tanto no tribunal estadual como no federal, do assassínio de Thompson, diretor-executivo da UnitedHealthcare. No processo estadual, Mangione declarou-se inocente e poderá ser condenado a prisão perpétua, sem direito a liberdade condicional.
Na madrugada de 4 de dezembro, Mangione terá seguido Thompson, aproximado-se dele e disparado vários tiros com uma pistola com silenciador, segundo os procuradores federais. Tinha viajado de autocarro de Atlanta para Nova Iorque cerca de 10 dias antes do crime.
Mangione foi detido em Altoona, na Pensilvânia, a 9 de dezembro, na sequência de uma denúncia de funcionários de um restaurante McDonald's, após uma caça ao homem que durou dias.
A sua advogada, Karen Friedman Agnifilo, procurou esclarecer como funcionaria a acusação simultânea a nível federal e estadual, chamando à situação “altamente invulgar”.
O assassínio de Thompson trouxe à superfície a profunda frustração do público com o lucrativo sistema de saúde comercial dos EUA, com muitos utilizadores das redes sociais a retratarem Mangione como um herói.