Cerca de 230 migrantes à deriva em dois barcos a sul da ilha grega de Creta, no Mediterrâneo oriental, foram resgatados pela Agência Europeia da Guarda Costeira e de Fronteiras (FRONTEX), anunciou hoje a Guarda Costeira grega.
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Além disso, está em curso uma segunda operação de resgate da Guarda Costeira grega para outro grupo de migrantes, estimado em pelo menos 100, na mesma área, declarou a mesma fonte à agência de notícias EFE.
Só domingo, mais de 840 migrantes foram resgatados em diferentes operações a sul de Creta, elevando o número de chegadas irregulares à ilha para mais de 1100 nos últimos dois dias.
De acordo com a polícia portuária grega, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), 7300 migrantes chegaram a Creta e à ilha de Gavdos desde o início do ano, em comparação com 4935 em todo o ano de 2024.
Só desde o início de junho, foram registadas 2550 chegadas. Enquanto ilhas no nordeste do Mar Egeu, como Lesbos, têm campos de acolhimento, Creta e Gavdos não têm.
O presidente da Câmara de Gavdos, Lilian Stefanakis, tem apelado repetidamente ao governo para que tome medidas para resolver esta situação.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, levantou esta questão junto dos seus parceiros europeus na última cimeira da União Europeia (UE)em Bruxelas, no final de junho.
O chefe do Governo conservador anunciou também em junho o envio de dois navios de guerra gregos para fora das águas territoriais da Líbia para "controlar o fluxo de migrantes ilegais", segundo o porta-voz do Governo, Pavlos Marinakis.