Pelo menos 31 pessoas morreram e 53 ficaram feridas devido às sete explosões registadas no sábado em Kandahar, Afeganistão, cuja autoria foi reivindicada pelos talibãs.
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"Sete explosões ocorreram ontem à noite [sábado], provocando 31 mortos e 53 feridos", declarou Turyalai Wisa, o governador da província de Kandahar.
O balanço dos atentados poderá agravar-se, já que os socorristas ainda procuram nos escombros eventuais vítimas, adiantou.
Um porta-voz dos talibãs, Yusuf Ahmadi, reivindicou os atentados em série, que começaram cerca das 20:00 locais (15:30 em Lisboa), atingido primeiro a prisão central de Kandahar e depois edifícios do Governo.
Quatro explosões foram provocadas por bombistas suicidas, dois dos quais seguiam em viaturas, indicou Wisa. As outras três foram provocadas por engenhos explosivos artesanais, referiu ainda o governador.
Segundo o governador, os socorristas estão ainda a revistar os escombros de cerca de 25 lojas e sete casas destruídas pelas explosões.
Entre as vítimas mortais está um grupo de 10 pessoas, incluindo crianças, que assistia a um casamento.
O governador disse que uma outra explosão ocorreu hoje, domingo, de manhã cedo, perto de um escritório de uma empresa de construção japonesa em Kandahar, da qual resultaram nove empregados feridos (quatro paquistaneses e um afegão).
Bastião histórico dos talibãs, Kandahar ocupa um lugar decisivo para o controlo do país. A população de Kandahar é alvo de actos de intimidação dos talibãs e muitos dirigentes locais não vivem no seu distrito por temerem pela própria vida.
O chefe das forças internacionais no Afeganistão, general norte-americano Stanley McCrystal, declarou recentemente que as forças da OTAN preparam uma ofensiva para o próximo verão em Kandahar.
Segundo o porta-voz dos talibãs, estes atentados de sábado foram uma resposta a estas declarações de McCrhrystal.
"Era uma resposta ao general McCrystal, que anunciou a operação Omaid em Kandahar", declarou Ahmadi.