Pelo menos mais dois franceses e um norueguês sobreviveram a assalto a campo de gás na Argélia
Pelo menos dois franceses sobreviveram ao assalto do Exército da Argélia ao campo de gás tomado por terroristas islamitas. Um norueguês e um irlandês também sobreviveram à intervenção, em que terão morrido dezenas de pessoas.
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"Temos notícias de que os dois regressaram. Quanto aos outros dois, se houver outros dois, neste momento não temos informação", informou o ministro do Interior francês, Manuel Valls, em declarações à rádio RTL.
Manuel Valls acrescentou que havia "poucos franceses nessa base", a 1600 quilómetros da capital, Argel.
A petrolífera norueguesa Statoil confirmou o resgate durante a noite de um dos seus funcionários que estava retido com outros estrangeiros num campo de gás na Argélia ocupado por islamitas.
Com este resgate eleva-se para nove o número de funcionários da Statoil que escaparam com vida ao ataque dos islamitas entre um total de 17. A Statoil indicou em comunicado que a situação dos restantes oito funcionários é incerta.
A agência oficial argelina APS informou que o Exército da Argélia resgatou na quinta-feira 600 trabalhadores argelinos e dezenas de estrangeiros, entre estes um irlandês, que, segundo o irmão, tinha um colar de explosivos ao pescoço quando escapou.
Uma fonte islamita, citada por uma agência da Mauritânia, diz que 34 dos 41 reféns estrangeiros morreram durante o ataque do exército argelino.
O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, disse na noite de quinta-feira que a situação no campo de gás argelino tomado por um grupo terrorista é "muito confusa" depois da operação levada a cabo pelo exército da Argélia e que desconhecia se os nove noruegueses que ali se encontravam ainda estavam vivos.
O campo de gás de Amenas é operado pela britânica British Petroleum (BP), a argelina Sonatrach e a norueguesa Statoil.
O ataque foi perpetrado por um grupo islamita alegadamente em resposta à intervenção francesa no Mali.
Um primeiro avião proveniente da Argélia aterrou na noite passada em Londres com 22 funcionários da Statoil, que partiram depois para a Noruega, e outros dois aviões com 18 funcionários aterrou no aeroporto de Palma de Maiorca, de onde partiram também para o seu país se origem.
Um quarto avião vai voar, esta sexta-feira, para a Argélia para repatriar mais funcionários da Statoil e de outras empresas que ainda se encontram naquele país do norte de África.