Pelo menos 30 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas no ataque a um centro comercial de luxo na capital do Quénia, este sábado, segundo a última atualização da Cruz Vermelha do país.
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O número de mortos confirmado pela Cruz Vermelha do Quénia, que aponta pelo menos 30 fatalidades, difere do número apresentado pelo ministro do interior, Joseph Ole Lenku, que, em comunicado à imprensa, deu conta de apenas 11 mortos.
Unidades de elite do exército queniano juntaram-se à polícia no local do ataque para prestarem auxílio na evacuação do edífício e no resgate dos sobreviventes que se mantinham no interior, constatou um correspondente da agência France Presse no local.
O ataque começou pouco antes do meio-dia, quando agressores não identificados abriram fogo com armas automáticas e granadas,no edifício comercial "Westgate Mall".
O objetivo principal das autoridades foi evacuar o edifício, retirando os clientes e funcionários que ainda se encontravam dentro.
Por volta das 18.30 horas locais (15.30 horas em Portugal Continental), o ministro do interior do Quénia, Joseph ole Lenku, disse que a situação já estava debaixo de controlo.
De acordo com os testemunhos, os atacantes estavam mascarados e falavam árabe e somali.
Este parece ser o pior ataque em Nairóbi desde que um atentado da Al-Qaida à embaixada dos Estados Unidos matou mais de 200 pessoas em 1998.
Um repórter da AFP viu pelo menos 20 pessoas a serem resgatadas de uma loja de brinquedos, tendo alguns saído feridos, entre os quis crianças.
Já um gerente de loja que escapou disse que a determinado ponto "parecia que os atiradores tinham tomado o controlo de todo o centro comercial".
ONU preocupada
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, está a acompanhar com preocupação o ataque ao centro comercial em Nairobi e já entrou em contacto com o presidente do Quénia.
"O secretário-geral segue de perto e com grande preocupação o ataque contra um centro comercial em Nairobi", afirmou o porta-voz da ONU, acrescentando que Ban Ki-moon "falou com o presidente Uhuru Kenyatta e manifestou a sua preocupação e solidariedade".
Este edifício, que fica perto da sede local das Nações Unidas, é regularmente citado como um possível alvo de grupos ligados à Al-Qaida, como o grupo extremista somali Shebab, que muitas vezes ameaçou realizar ataques em território queniano por causa do apoio militar de Nairobi a governo somali.