A peregrinação anual a Meca terminou hoje "com êxito", sob rigorosas medidas sanitárias que impediram que houvesse qualquer caso de covid-19 entre os 60 mil fiéis permitidos este ano, anunciou o Ministério da Saúde saudita.
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Os 60 mil fiéis terminaram às 18 horas locais desta sexta-feira (16 horas em Portugal continental), ao fim de cinco dias, o último rito da peregrinação anual, um dos cinco pilares do Islão.
O ministro da Saúde saudita, Tawfiq Rabia, declarou que "não se registou nenhum caso de covid-19, nem de outras doenças" entre os fiéis - a maior preocupação da organização deste ano, que celebra pelo segundo ano consecutivo este ritual em pandemia, segundo a agência oficial de notícias saudita SPA.
O Crescente Vermelho saudita afirmou que as suas equipas destacadas na capital, Riade, e nos lugares de culto atenderam 1.269 doentes, dos quais 602 foram encaminhados para diferentes hospitais, embora não tenha especificado o que lhes aconteceu.
De acordo com a SPA, o presidente da Comissão de Peregrinação, Faisal bin Salman, saudou o Ministério do Interior saudita pelo "êxito da temporada da peregrinação de 2021, graças ao patrocínio e às instruções do Rei saudita", cujo objetivo foi "facilitar aos peregrinos a ida à mesquita sagrada e à do profeta para que realizassem o seu ritual com toda a segurança e tranquilidade".
Depois de lançar as pedras, o peregrino dirige-se à mesquita de Al-Haram, em Meca, para dar a volta de despedida em torno da Kaaba, o último ritual da peregrinação antes da partida.
As autoridades anunciaram de que cerca de 60% dos peregrinos já partiram na quinta-feira, uma possibilidade que também completa o ritual religioso, ao passo que os restantes permaneceram até hoje.
Em vez dos cerca de dois milhões e meio de peregrinos que acudiam a Meca antes da pandemia, procedentes de todo o planeta, Riade só autorizou este ano 60 mil residentes no país e com a vacinação completa a entrarem nas duas cidades mais importantes do Islão.
Na Arábia Saudita registaram-se nas últimas 24 horas 1.247 novos casos de covid-19 e 11 mortes, segundo o mais recente relatório do Ministério da Saúde. Dos mais de 35 milhões de habitantes do país, 15% têm a vacinação completa, ao passo que mais de 50% já receberam a primeira dose da vacina anti-covid-19.