Herói mujaidine anti-russo e rosto do terrorismo contra alvos dos Estados Unidos, Osama bin Laden é considerado o principal responsável pelos atentados de 11 de Setembro de 2001.
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O líder da al-Qaeda, morto segunda-feira numa operação militar norte-americana no Paquistão, nasceu em Riade, na Arábia Saudita, em 1957. Foi o 17.º filho dos 50 de Mohamed Bin Laden, um magnata da construção próximo da família real saudita.
A mãe, Síria, e o pai mantiveram uma educação islâmica estrita o que, segundo vários especialistas, acabou por condicionar o futuro de Osama.
Pai de cerca de 20 crianças de cinco mulheres, Bin Laden casou-se com a primeira, uma prima, aos 17 anos e usou parte da fortuna para apoiar o combate contra a invasão soviética do Afeganistão, na década de 1980, mantendo-se ao lado do mentor, Abdullah Azzam.
No final da guerra e depois de ter sido recebido na Arábia Saudita como um herói mujaidine, Bin Laden forma a al Qaeda (A Base).
Quando o Iraque invadiu o Kuwait em 1990, a Arábia Saudita virou-se para os Estados Unidos e Bin Laden abandonou o país onde nasceu. Seguiu para o Sudão onde se reuniram muitos dos seus apoiantes.
O nome surge pouco depois relacionado com um grupo da "jihad" islâmica do Egipto, liderado por Ayman al-Zawahiri. Quando o grupo tentou assassinar Hosni Mubarak em 1995, foi expulso do Sudão.
Bin Laden regressou ao Afeganistão onde, protegido pelo regime talibã, começa a instalar os primeiros acampamentos de treino para as acções globais da al Qaeda.
Na lista dos mais procurados do FBI, Bin Laden é ainda conhecido como "o príncipe", "o emir", Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, e até "o director".
O seu nome é relacionado com alguns dos principais ataques terroristas contra os Estados Unidos, incluindo os das embaixadas em Dar el Salaam (Tanzânia) e em Nairobi (Quénia) em 1998 e o ataque contra o USS Cole, em 2000.
Bin Laden é considerado o autor moral dos atentados contra as Torres Gémeas em Nova Iorque, em 2001, passando então a ser o principal alvo da "guerra contra o terror", iniciada pelo anterior Presidente norte-americano George W. Bush.
Várias vezes, no passado, se chegou a falar da morte de bin Laden mas, apesar da oferta de uma recompensa de 25 milhões de dólares, nunca foi apanhado.
Morreu hoje numa operação militar norte-americana no Paquistão e o corpo foi lançado ao mar, noticiou a imprensa norte-americana.