O grupo francês Pernod Ricard anunciou, esta sexta-feira, que vai deixar de vender os seus produtos na Federação Russa, designadamente a vodca Absolut, depois de uma polémica iniciada na Suécia.
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O Pernod Ricard, que detém marcas como o rum Havana Club, o whisky Jameson ou o champanhe Mumm, indicou, em comunicado, que "está em medida de confirmar que cessou todas as exportações das suas marcas internacionais para a Rússia no final de abril de 2023".
O grupo deixa de exportar, mas o stock dos seus produtos existente na Federação Russa continuará a ser distribuído.
O Pernod Ricard foi envolvido recentemente em polémica na Suécia, devido ao reinício discreto das suas exportações para a Federação Russa, nomeadamente do vodca sueco Absolut, depois de terem sido suspensas, a seguir à invasão da Ucrânia pelas tropas de Moscovo.
Confrontado com um início de boicote e críticas do primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, o grupo anunciou em 18 de abril que interrompia os envios do Absolut destinados à Federação Russa.
Mas o presidente executivo do grupo, Alexandre Ricard, declarou à AFP dias depois que as exportações das outras maras iriam continuar "até ver mais claro".
Seguindo o sítio na internet da Universidade de Yale, mais de um ano depois do início do conflito na Ucrânia, "cerca de mil empresas anunciaram publicamente restrições voluntárias das suas operações na Federação Russa, além do estrito mínimo legalmente requerido pelas sanções internacionais", mas muitas outras continuam como até então, entre as quais os grupos franceses Auchan, Bonduelle ou Lactalis.
O Pernod Ricard exporta e distribui as suas garrafas na Federação Russa, onde não tem produção.
A Federação Russa, antes de invadir a Ucrânia, representava menos de três por cento do volume de negócios do Pernod Ricard.