Um agente da Polícia Nacional espanhola matou, a tiro, um homem que o teria atacado com uma barra de ferro, numa zona industrial de A Grela, na Galiza. Primeiro terá tentado travá-lo com um taser, mas quando recuava caiu ao chão. O agressor lançou-se contra ele e foi travado a tiro.
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A perseguição fatal ocorreu esta segunda-feira, manhã de Natal, cerca das 10 horas da manhã (9 horas em Portugal continental).
O homem de 34 anos foi visto a vandalizar vários carros estacionados na rua com uma barra de ferro, conta o jorgal "La Voz de Galicia". O alerta dado à Polícia fez então deslocar para o local várias patrulhas.
Henry C., com dupla nacionalidade, cubana e espanhola, já estava a ser perseguido por populares quando as autoridades chegaram e lhe deram ordem de prisão, apelando a que parasse.
Descrito como um "homem corpulento" pelas fontes ouvidas pelo diário galego, o cubano continuou a agir com a máxima agressividade, "parecia que estava fora de si", investindo depois contra a Polícia. Um dos agentes que se encontrava mais próximo terá tentado travá-lo com recurso a uma arma taser, mas, quando retrocedia perante a recusa do homem, caiu. Terá sido nesse momento que Henry correu para o agente da polícia que, contam testemunhas, terá primeiro disparado contra as pernas do agressor e depois disparado contra este por diversas vezes, acabando por matá-lo.
Fontes policiais dizem que o agente não teve outra hipótese se não disparar, em legítima defesa.
O homem abatido, conhecido da Polícia por incidentes na via pública, tinha sido detido uns dias antes e teria problemas mentais. Vivia em Madrid, de onde tinha desaparecido, e tinha sido encontradao na Galiza na semana passada.
Aberta investigação à intervenção
Apesar de os colegas do agente defenderem a sua atuação, foi aberta uma investigação aos factos, para determinar se houve proporcionalidade na forma de atuar. A própria Polícia Nacional abriu uma investigação interna para conhecer todos os detalhes da intervenção desta segunda-feira.