A Philips anunciou, esta segunda-feira, que vai despedir quatro mil trabalhadores por causa de um erro na produção de um respirador de sono, que custou à empresa uma indemnização de 1,3 mil milhões de euros.
Corpo do artigo
Desde junho de 2021, que a fabricante dos Países Baixos pediu aos clientes para devolverem os respiradores para pessoas com apneia do sono, nos Estados Unidos da América, devido a um defeito no aparelho. Após a comercialização do produto, a empresa percebeu que estes expunham os utilizadores à inalação de espuma tóxica, com "possíveis efeitos tóxicos e cancerígenos". Desde então, já produziram quatro milhões de dispositivos de substituição e kits de reparação, afirmou o CEO Roy Jakobs, citado pela France-Presse.
O problema custou à Philips vários processos em tribunal e uma indemnização de 1,3 milhões de euros. Perante os "múltiplos desafios" que enfrenta, a direção decidiu despedir quatro mil trabalhadores, para reduzir custos. "Isto inclui a difícil mas necessária decisão de reduzir imediatamente a nossa força de trabalho em cerca de quatro funções a nível global... uma decisão que não tomamos de ânimo leve", admitiu Roy Jakobs.
A empresa tem atualmente quase 80 mil empregados em 100 países. No entanto, os despedimentos vão ocorrer nos Estados Unidos da América, Países Baixos, Índia e China.
O anterior CEO da empresa, Frans van Houten, demitiu-se no início deste mês, após liderar a transição da empresa de eletrodomésticos para a produção de dispositivos médicos, ao longo dos últimos 12 anos.
O atual CEO admitiu que a Philips tinha de "reconstruir a confiança" e não estava a "corresponder às expetativas" dos acionistas.