O piloto da Germanwings que terá despenhado propositadamente um avião com 150 pessoas a bordo nos Alpes sofreu de tendências suicidas e foi tratado para o problema.
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As autoridades de Dusseldorf, na Alemanha, revelaram, esta segunda-feira, que Andreas Lubitz recebeu tratamento psiquiátrico para lidar com tendências suicidas, anos antes de se tornar piloto da aviação comercial.
De acordo com o "The Guardian", o jovem copiloto da transportadora aérea foi tratado para este problema, mas, no entanto, a investigação ao acidente ainda não descobriu indícios concretos que expliquem a queda do Airbus 320.
Depois disso e "até recentemente, realizou outras consultas médicas que resultaram em baixas por doença, mas sem terem sido atestadas tendências suicidas ou de agressividade para terceiros", afirmou o procurador Ralf Herrenbruck, numa breve declaração escrita, sem precisar o motivo destas consultas e baixas médicas.
O ministério público de Dusseldorf sublinhou não ter sido encontrada qualquer carta a anunciar um eventual plano para fazer despenhar um avião ou a reivindicar o acidente, ocorrido em 24 de março.
Nada "no ambiente familiar, pessoal ou no local de trabalho" permitiu, até aqui, reunir informações sobre eventuais motivações, acrescentou.
A teoria principal da investigação aponta para um atentado cometido pelo copiloto alemão, que aproveitou a ausência do comandante no cockpit para provocar o acidente. Esta hipótese foi levantada depois de ouvida a gravação de som do cockpit guardada numa das caixas negras do aparelho.
Da segunda caixa negra, que regista os dados de voo, foi encontrado apenas o invólucro externo.
*com Lusa