As quatro pessoas encontradas no interior de uma embarcação, que esta terça-feira deu à costa na ilha de Santiago, em Cabo Verde, estarão mortas há cerca de 48 horas, segundo uma primeira avaliação médica.
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Manuel Claudino Monteiro, capitão dos portos do Sotavento, disse à agência Lusa que o primeiro alerta à Polícia Marítima da existência de uma embarcação com corpos no interior foi dado perto das 08.30 horas.
A operação de resgate terminou às 17 horas, altura em que os quatro cadáveres foram transportados numa ambulância, escoltada por uma viatura da Polícia Nacional de Cabo Verde, para o Hospital Dr. Agostinho Neto, na cidade da Praia, capital do arquipélago.
Neste hospital, os corpos - que aparentemente são de três adultos e uma criança - irão ser submetidos a uma autópsia que revelará a causa de morte.
Segundo Manuel Claudino Monteiro, a embarcação em que seguiam os corpos é "típica da costa ocidental africana e utilizada na pesca artesanal, com cerca de 12 metros de comprimento".
A embarcação - identificada "na ponta norte de Santiago, a cerca de 30 a 40 milhas a norte de Tarrafal" - foi transportada numa operação que envolveu três embarcações da Polícia Marítima, com 12 efetivos, agentes da Polícia Nacional e agentes da Guarda Costeira.
"O tipo de embarcação é utilizado na pesca, nas também não sabemos se está a ser utilizado em atividades de migração clandestina. Caberá às autoridades competentes apurar", disse.
Manuel Claudino Monteiro referiu que a médica que esteve presente no cais de pesca da Praia, onde os cadáveres foram recolhidos, indicou que a morte terá ocorrido há 48 horas.
Em declarações à Lusa, o comandante da Polícia Marítima de Cabo Verde, Faustino Sanches, indicou que ainda não se pode avançar a nacionalidade das vítimas, mas garantiu que, dada as características, a embarcação é oriunda de um país da costa ocidental africana.