A polícia alemã deteve quatro adolescentes no oeste do país sob suspeita de estarem a planear um "ataque terrorista de motivação islâmica".
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Duas raparigas e um rapaz com idades entre 15 e 16 anos são “fortemente suspeitos de planear um ataque terrorista de motivação islâmica e de se terem comprometido a realizá-lo”, disseram os procuradores, em comunicado, citado pela AFP. Separadamente, os procuradores de Estuggrda disseram que um suspeito de 16 anos está sob custódia por “suspeita de que estava a preparar um crime grave que colocaria o Estado em perigo”.
De acordo com o jornal alemão "Bild", os jovens estariam a planear realizar ataques com cocktails molotov e facas em nome do grupo Estado Islâmico. Acredita-se que os alvos fossem cristãos e agentes da polícia e que os adolescentes também estivessem a ponderar arranjar armas de fogo.
A Alemanha tem estado em alerta máximo para ataques islâmicos desde o início da guerra Israel-Hamas em outubro, tendo o chefe de informações internas do país alertado que o risco de tais ataques é “real e maior do que tem sido há muito tempo”.
Em janeiro, a polícia alemã deteve três pessoas que estariam a planear um ataque à Catedral de Colónia na véspera de Ano Novo. De acordo com o "Bild", os suspeitos eram tajiques que atuavam para o Estado Islâmico-Khorasan (IS-K), o mesmo grupo que se acredita estar por trás do massacre mortal de março numa sala de concertos de Moscovo.
A Alemanha tornou-se um alvo para grupos jiadistas durante o seu envolvimento na coligação que luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria e durante o seu destacamento no Afeganistão. Extremistas islâmicos realizaram vários ataques na Alemanha nos últimos anos, sendo o mais mortal um ataque com camiões num mercado de Natal de Berlim, em dezembro de 2016, que matou 12 pessoas. Em dezembro de 2022, um islamista nascido na Síria foi condenado a 14 anos de prisão por um ataque com faca a um comboio na Baviera, no qual quatro pessoas ficaram feridas.
Mais recentemente, dois afegãos ligados ao Estado Islâmico foram detidos na Alemanha, em março, sob suspeita de planearem um ataque em torno do parlamento sueco em retaliação pela queima do Alcorão. Em outubro, os procuradores alemães também acusaram dois irmãos sírios de planearem um ataque a uma igreja na Suécia.