As forças de segurança argentinas atacaram manifestantes no início de uma marcha convocada por reformados, a que se juntaram adeptos de futebol, sindicatos e grupos progressistas. Há registo de 20 feridos e mais de cem detidos.
Corpo do artigo
A polícia e outras forças federais estavam estacionadas em vários pontos em torno do edifício do Congresso, no centro de Buenos Aires, e dispararam gás lacrimogéneo, balas de borracha e jatos de água de camiões contra os manifestantes, que incluíam idosos, mulheres e jovens.
A mobilização foi convocada para mostrar apoio aos pensionistas que todas as quartas-feiras protestam às portas do Congresso para exigir uma atualização das pensões, o restabelecimento da cobertura dos medicamentos e a continuação da moratória das pensões, que termina no final de março.
Após o início da repressão, os reformados que habitualmente se manifestam deslocaram-se para um dos lados do edifício do Congresso.
Entretanto, os polícias avançaram, a pé e de mota, sobre outros grupos de manifestantes, principalmente sindicalistas e adeptos de futebol, para os obrigar a recuar e a afastarem-se do edifício parlamentar.
Nesta manobra para encurralar os manifestantes, alguns reagiram atirando garrafas e pedras contra a polícia.
Há a registar pelo menos 20 feridos, um dos quais em estado grave - trata-se de um jornalista identificado como Pablo Grillo, que foi atingido por um projétil enquanto fotografava.
Um carro de patrulha e uma mota da polícia foram incendiados e mais de 100 pessoas foram detidas, segundo informações da polícia.