A polícia austríaca fez buscas em mais de 60 locais, em quatro regiões diferentes, relacionados com os movimentos islâmicos da Irmandade Muçulmana e do Hamas, anunciou o Ministério Público, numa operação não relacionada com o ataque perpetrado na semana passada em Viena.
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A investigação, que começou há cerca de um ano, tem como alvo "mais de 70 suspeitos e várias associações suspeitas de pertencerem e apoiarem as organizações terroristas da Irmandade Muçulmana e Hamas", disse o promotor do Ministério Público austríaco na região de Estíria.
Entre os suspeitos, 30 foram conduzidos às autoridades para interrogatório.
O Ministério Público menciona "suspeitas de formação de organização terrorista, financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro".
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As buscas, que decorreram na Estíria, Caríntia, Baixa Áustria e Viena, visam "atacar as raízes do islão político", comentou o ministro do Interior, Karl Nehammer.
"Estamos a agir com todas as nossas forças contra essas organizações criminosas, extremistas e desumanas", disse.
Após o ataque da semana passada, em Viena, o chanceler conservador Sebastian Kurz reiterou a sua determinação em lutar contra "o islão político".
Na segunda-feira da semana passada, um apoiante do autodenominado Estado Islâmico (EI) abriu fogo num movimentado bairro de Viena, matando quatro pessoas, no primeiro ataque deste género em décadas na Áustria.