A Justiça brasileira impediu temporariamente a Polícia Federal de repatriar um cidadão palestianiano, suspeito de ser um dos porta-vozes do Hamas, que desembarcou em São Paulo na sexta-feira com a mulher grávida, o filho e a sogra.
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Identificado pela "CNN Brasil" como Muslim M. A Abuumar, o palestiniano de 37 anos que iniciou a viagem em Kuala Lumpur, capital da Malásia, foi impedido de entrar no Brasil, quando desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, na tarde de sexta-feira, de um voo da Qatar Airways, que partiu de Doha, capital do Catar.
O homem está acompanhado da mulher, grávida de sete meses, um filho de seis anos e a sogra, de 69. Abuumar emitiu no dia 13 de junho um visto de 90 dias para permanecer no Brasil. Já os outros três familiares são cidadãos malaios e não precisam de visto para entrar no país.
Suspeita-se que o palestiniano integre o alto escalão do Hamas e seja um dos porta-vozes autorizados a falar em nome do grupo que promoveu os ataques terroristas em 7 de outubro contra Israel. Além disso, integra a lista do FBI que monitoriza suspeitos de integrar grupos terroristas.
Os investigadores suspeitam que Abummar tenha ido ao Brasil para a mulher ter o filho, que nasceria brasileira, garantindo a naturalização e a permanência dos familiares no território brasileiro.
Por esse motivo, a polícia brasileira impediu a família de entrar no país. No entanto, a Justiça brasileira determinou que a extradição não fosse feita até “melhor compreensão dos factos", segundo a "CNN Brasil". A magistrada deu 24 horas para a polícia brasileira prestar informações sobre o caso e determinou que sejam tomadas providências necessárias para garantir atendimento médico-hospitalar para a mulher grávida.
O palestiniano tem um irmão que vive São Bernardo do Campo, em São Paulo, e foi pela primeira vez ao Brasil em janeiro de 2023. Na época, não constava na lista de suspeitos do FBI.