A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou que acabou com 688 protestos em estradas no Brasil. Os estados com maior número de ocorrências em autoestrada federais são Santa Catarina (14 interdições e 20 bloqueios), Mato Grosso (31 interdições) e Paraná (18 interdições e três bloqueios). Cerca de duas mil autuações por obstrução foram feitas pela PRF.
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Em pelo menos 15 estados ainda se verificam manifestações nas estradas, segundo a CNN Brasil. Em São Paulo, a Tropa de Choque da Polícia Militar usou bombas de efeito dissuasor e jatos d"água para controlar a multidão que ocupava a Rodovia Castello Branco.
A Tropa espera libertar mais partes da via que liga São Paulo ao Centro-Oeste do estado.
Além de estradas, apoiantes de Bolsonaro em pelo menos 20 estados fazem manifestações na frente de quartéis para pedir uma intervenção militar. Em São Paulo, a Polícia Militar divulgou imagens dos atos antidemocráticos na região do Ibirapuera, onde há um Quartel-General do Exército. No Rio de Janeiro, os protestos decorrem em frente ao Comando Militar do Leste.
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Prejuízos em diversos setores
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou para o risco de desabastecimento e para a falta de combustíveis. A CNI também afirma que "as paralisações também já atingem o transporte de cargas essenciais, como equipamentos e insumos para hospitais, bem como matérias-primas básicas para as atividades industriais". De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, o prejuízo pelos bloqueios pode ultrapassar os 18 mil milhões de reais (3,5 mil milhões de euros), caso as manifestações continuem.
A Associação Brasileira de Supermercados, citada pelo portal G1, fala em oito estados com desabastecimento nos mercados. Segundo o mesmo portal, uma carga de 520 mil ovos utilizados para a produção de vacinas teve a entrega atrasada para o Instituto Butantan. Se os ovos não puderem ser aproveitados, a produção de 1,5 milhão de doses da vacina contra a gripe pode ser atingida.