Sete portugueses, com dupla nacionalidade, seguiam no avião da Air India que se despenhou, esta quinta-feira, numa zona residencial da cidade indiana de Ahmedabad, no oeste do país. Um hostel onde estavam médicos foi atingido pela queda do avião. A Polícia indiana diz que há apenas um sobrevivente.
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O acidente com um 787-Dreamliner na Índia é o primeiro deste modelo da Boeing, um avião recente e recheado de tecnologia. A queda surge numa altura em que a empresa norte-americana se tenta levantar depois de anos terríveis com o 737 Max e de ter pagado, há um mês, 960 milhões de euros para evitar um processo judicial.
O canal indiano NDTV noticiou que pelo cinco pessoas morreram e várias ficaram feridasem terra depois de o avião se ter despenhado contra uma residência de estudantes de Medicina.
As vítimas mortais em terra são quatro estudantes universitários e um médico residente do BJ Medical College, que se encontravam no edifício no momento do impacto, informou a NDTV, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Ramesh Viswashkumar, um britânico de 40 anos, é o único sobrevivente o avião da Air India que se despenhou, esta quinta-feira, numa zona residencial da cidade indiana de Ahmedabad.
Ramesh contou que pouco depois de o avião descolar ouviu um grande barulho. "Aconteceu tudo tão rápido", "levantei-me, havia corpos por todo o lado. Fiquei com medo, levantei-me e corri. Havia destroços à minha volta", contou Ramesh, citado pela Imprensa indiana. "Alguém agarrou-me e levou-me para o hospital numa ambulância".
O passageiro tem ferimentos gravas, mas o seu estado clínico é considerado estável.
De acordo com a Direção Geral da Aviação Civil, citada pelo jornal “The Times of India”, o piloto do voo 171 da Air India comunicou, nos segundos finais do voo, “Mayday”, ou seja, declarou uma emergência de nível crítico. Ao ser interpelada pelo controlo de tráfego aéreo, a aeronave não respondeu de volta.
De acordo com os meios de comunicação social da Índia, haverá um sobrevivente da queda do avião que ocorreu esta quinta-feira. Trata-se de um homem que ocupava o lugar 11A e que foi encaminhado para o hospital para observação, apontou o comissário da Polícia citado pelos jornais indianos. "A polícia encontrou um sobrevivente no assento 11A. Ainda não é possível avançar com o número de mortes. O número de vítimas mortais pode aumentar, uma vez que o voo se despenhou numa zona residencial", detalha o comissário GS Malik, avança a agência de notícias ANI.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enviou hoje condolências às famílias das vítimas em Portugal, Índia, Reino Unido e Canadá. “Notícias horríveis sobre a queda de um avião de passageiros na Índia. As minhas mais sinceras condolências ao primeiro-ministro Narendra Modi e a todo o povo da Índia neste dia trágico”, escreveu Zelensky nas redes sociais.
Zelensky disse que os pensamentos dos ucranianos estavam “com todos os familiares e pessoas próximas das vítimas na Índia, no Reino Unido, em Portugal e no Canadá”.
“Partilhamos o vosso choque e tristeza neste dia trágico. Todos nós rezamos para que o maior número possível de vidas sejam salvas e desejamos uma rápida recuperação aos feridos”, acrescentou Zelensky.
As presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, manifestaram hoje solidariedade da União Europeia (UE) com a Índia,
“Notícias desoladoras vindas da Índia com o trágico acidente de avião em Ahmedabad. As minhas mais sinceras condolências às famílias e entes queridos que estão a sofrer esta terrível perda”, escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
“Partilhamos a vossa dor. Caro Narendra Modi, a Europa está solidária convosco e com o povo da Índia neste momento de dor”, adiantou a líder do executivo comunitário.
Através da mesma plataforma, Roberta Metsola disse ser “com grande pesar” que toma conhecimento “do trágico acidente ocorrido esta manhã no aeroporto de Ahmedabad, na Índia”.
“Os meus pensamentos estão com todas as famílias e entes queridos dos passageiros e da tripulação, bem como com todas as pessoas afetadas por esta tragédia. A Europa está convosco neste momento difícil”, concluiu a líder da assembleia europeia.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) disse hoje estar a aguardar a notificação da autoridade indiana competente para participar na investigação da queda do avião. Em comunicado, o GPIAAF regista que a responsabilidade de investigação é da autoridade competente da Índia, por ser o Estado de ocorrência, mas que já se disponibilizou para a colaboração “que, no âmbito do previsto internacionalmente, lhe seja solicitada”.
O gabinete nacional recorda que ao abrigo dos procedimentos internacionais, confirmando-se vítimas com nacionalidade portuguesa e após notificação da autoridade indiana, o GPIAAF “terá o direito de nomear um investigador”.
Este investigador poderá visitar o local do acidente, receber informação factual cuja divulgação seja autorizada pela autoridade e receber uma cópia do relatório final.
O GPIAAF escusou-se a tecer comentários sobre o acidente e que apenas as informações divulgadas pelas autoridades indianas competentes “deverão ser consideradas confirmadas e fidedignas”.
“Recuperámos 204 corpos e 41 pessoas estão atualmente a ser tratadas”, disse o chefe da polícia, GS Malik à agência de notícias France-Presse (AFP).
Malik esclareceu que o número inclui os membros da tripulação e os passageiros (242) do avião, bem como as vítimas no local onde se despenhou.
A polícia indiana tinha admitido anteriormente que não haveria sobreviventes entre as pessoas a bordo, bem como a existência de vítimas em terra.
Uma estação de televisão indiana noticiou a morte de quatro estudantes universitários e de um médico que se encontravam num dos edifícios atingidos pelo avião, um Boeing 787-8 Dreamliner.
O chefe de polícia indiana G.S. Malik disse à agência Associated Press que "parece que não há sobreviventes no acidente de avião". "Alguns residentes locais também terão morrido", acrescentou o oficial, que salientou que “os números exatos de vítimas estão a ser apurados”.
De acordo como jornal indiano "Indian Express", que cita a polícia, morreram as 242 pessoas a bordo do avião que se despenhou.
O local onde o Boeing 787 se despenhou esta quinta-feira de manhã é de total devastação.
O ministro da Saúde da Índia escreveu na rede social X que "muitas pessoas" morreram na queda do avião em Ahmedabad, sendo a primeira confirmação de vítimas mortais do desastre que ocorreu esta quinta-feira. O governante pediu ainda a mobilização de todos os meios para o socorro e resgate das vítimas deixando ainda um apelo religioso: "Peço a Deus que dê força às famílias enlutadas".
A Polícia atualizou o balanço de corpos recuperados no local do acidente, que já ultrapassa uma centena, segundo a agência de notícias Reuters. O canal CNN News-18 disse que no hostel com médicos atingido se registaram muitas vítimas, já que a aeronave terá caído na área de refeições do local.
Uma fotografia partilhada pelo Departamento de Segurança Industrial da Índia mostra a cauda do avião em cima de um edifício atingido esta quinta-feira quando a aeronave se despenhou.
O primeiro-ministro português lamentou "com profunda consternação" o "trágico acidente de aviação na Índia, no qual seguiam 7 cidadãos com nacionalidade portuguesa". Luís Montenegro escreveu na rede social X a mensagem, na qual afirma "profunda solidariedade para com os familiares das vítimas".
De acordo com a polícia de Ahmedabad, o avião com destino a Londres despenhou-se contra uma residência de médicos. Nas redes sociais, foram partilhadas algumas imagens do local onde embateu.
Segundo o especialista em segurança de voo Marco Chan, citado pela BBC, as condições meteorológicas eram estáveis quando o avião se despenhou. O vento era fraco e a visibilidade era de seis quilómetros.
Chan acrescenta que “não foram registadas nuvens ou fenómenos meteorológicos significativos, não havendo indicações de tempestades ou outras condições adversas que possam ter contribuído para o incidente”.
Num vídeo partilhado no X é possível ver uma fila de ambulâncias a chegar ao hospital local, poucas horas após a queda do avião.
"As notícias que estão a surgir de um avião com destino a Londres, que transportava muitos cidadãos britânicos, a despenhar-se na cidade indiana de Ahmedabad são devastadoras", escreveu o primeiro-ministro britânico no X. "Estou a ser informado da evolução da situação e os meus pensamentos estão com os passageiros e as suas famílias neste momento profundamente angustiante", acrescentou Keir Starmer.
O primeiro-ministro indiano também reagiu ao acidente com uma publicação no X, onde afirmou que "a tragédia em Ahmedabad" o deixou "atónito e triste". "É de cortar o coração para além das palavras", acrescenta, referindo que "nesta hora triste, os pensamentos estão com todos os que foram afectados por esta tragédia".
“Tenho estado em contacto com ministros e autoridades que estão a trabalhar para ajudar as pessoas afetadas", garante ainda Narendra Modi.
Um avião da Air India despenhou-se, esta quinta-feira, numa zona residencial da cidade indiana de Ahmedabad, no oeste do país. O voo, com destino a Londres, caiu pouco depois da descolagem e transportava 242 pessoas, sete das quais eram portuguesas.
No manifesto de voo há indicação de que existem sete passageiros de nacionalidade portuguesa. Uma informação que o embaixador Luís de Almeida Sampaio disse, em entrevista à SIC, que está a ser verificada, dando conta de que as entidades nacionais estão em contacto permanente com as indianas para saber mais informações sobre estes portugueses. O embaixador explica que todo o apoio será prestado às famílias.
A Air India afirma que entre os passageiros do avião despenhado se encontravam 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano. Segundo a companhia aérea, "os feridos estão a ser levados para os hospitais mais próximos".
Os sete portugueses que seguiam a bordo do avião que caiu têm dupla nacionalidade, apontou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa.
As equipas de resgate dizem ter retirado os corpos de 30 vítimas mortais de um edifício atingido na queda do avião da Air India. Há ainda muitas pessoas presas nos escombros, segundo relataram os bombeiros e equipas de proteção civil à agência de notícias Reuters.
A Boeing emitiu um primeiro comunicado, curto, sobre o tema. "Estamos cientes dos relatórios iniciais e estamos a trabalhar para reunir mais informações".
O desastre aéreo desta quinta-feira marca a primeira queda de um avião Boeing 787, um modelo lançado pela construtora em 2011, também conhecido como Dreamliner. O avião te, capacidade para até 248 passageiros e um alcance de 13.530 quilómetros. É uma aeronave de 57 metros de comprimento e 17 de altura, com motores Rolls-Royce.