A polícia deteve duas pessoas em Madrid, depois de manifestantes terem atirado garrafas, pedras e petardos no final da "marcha pela dignidade,"que reuniu dezenas de milhares de pessoas na capital espanhola. Protesto terminou com 17 detidos e 27 feridos.
Corpo do artigo
Fontes da polícia de Madrid, citadas pela agência espanhola EFE, adiantaram que os detidos estão acusados de "atentado e resistência a agentes da autoridade".
Os agentes policiais, das forças anti-motim, avançaram contra os manifestantes, constatou um jornalista da agência France Presse. Pelo menos um polícia ficou ferido e foi retirado do local.
Alguns dos participantes na marcha - que decorreu em geral de forma pacífica - atearam fogo a vários contentores, tentaram montar barricadas e destruíram os vidros de um banco com cadeiras de ferro forjado.
Alguns dos jovens manifestantes instalaram tendas numa grande avenida em pleno coração da capital espanhola e garantem ter a intenção de permanecer ali depois de a manifestação terminar.
No final da marcha, que decorreu de uma forma geral de forma pacífica, vários participantes começaram a atirar garrafas, pedras e petardos contra a polícia, que tentava entrar com carrinhas na Praça de Colombo, onde terminou a manifestação.
Após esta ação, alguns dos participantes montaram barricadas com caixotes do lixo, enquanto outros continuavam a atirar pedras e garrafas para obrigar a polícia a retroceder.
Durante os distúrbios, um homem encapuzado agrediu um operador de câmara da agência EFE quando este filmava os protestos nas imediações da rua Génova, destruindo a câmara e causando ferimentos ligeiros ao jornalista.
Cerca das 22 horas locais (menos uma hora em Portugal continental), 17 pessoas permaneciam detidas, acusadas de "atentado e resistência à autoridade", disse à EFE um porta-voz da direção da polícia.
Oito polícias anti-motim ficaram feridos nos desacatos, estando um deles em estado grave.
Sob o lema "Pão, trabalho e teto para todos", os manifestantes, procedentes de diferentes pontos de Espanha, formaram este sábado à tarde seis colunas, que confluíram na zona de Atocha, de onde iniciaram uma marcha até à praça de Colombo, entre palavras de ordem como "Sim, é possível", "liberdade" ou "os banqueiros que paguem a crise".
O Governo ainda não confirmou o número oficial de manifestantes, mas a coordenadora 22M, organizadora do protesto, afirmou que participaram mais de dois milhões de pessoas.