Um dos polícias acusados de violência nos protestos de independência da Catalunha, em 2017, apresentou queixa contra uma manifestante que o beijou.
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Depois da polémica em torno do beijo de Rubiales à jogadora Jenni Hermoso, o polícia, investigado pela intervenção das forças de segurança, há seis anos, durante os protestos independentistas catalães, acusa uma mulher que lhe deu um beijo por assédio, revela o jornal "ABC".
Tendo em conta que já se passaram anos suficientes para que um eventual crime tenha prescrito, a acusação aborda o caso de Rubiales, pedindo a identificação da mulher, uma ordem de restrição à mesma e pede aos "poderes públicos todas as ferramentas e garantias para proteger" o agente, que na altura desempenhava funções no corpo de intervenção da Polícia Nacional.
As imagens captadas, em direto, pelo canal árabe Al Jazeera mostram uma mulher a dirigir-se ao policia, de viseira levantada, e a beijá-lo. O agente refere na acusação que o beijo aconteceu "num ambiente de extrema violência, entre gritos e insultos aos agentes".
O membro das forças de intervenção diz acreditar que "a ação pretendia uma reação da sua parte", que culminaria "numa situacão de violência generalizada". Para além de "nojo", o polícia garante que a sua reação foi de "contenção" perante a situação tensa onde se encontrava.
"Ao agarrar a parte inferior do capacete não conseguia fugir”, defende o profissional das forças de intervenção.
O Sindicato Unificado dos Polícias apoia o seu associado e defende que esta acusação pretende "mostrar a importância da distância na mobilização da polícia de intervenção, uma vez que no meio da multidão podem ser arremessados objetos perigosos", avança o jornal espanhol.
O polícia é um dos 45 elementos das forças de segurança acusados de confiscar as urnas do referendo independentista, usando a violência, a 1 de outubro de 2017.