A Polícia Federal brasileira indicou que vai cumprir a decisão judicial de deter o ex-presidente Lula da Silva, que está no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, São Paulo, e que há elementos para garantir a segurança dos agentes.
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Segundo fontes da Polícia Federal (PF) citadas pelo diário Estado de S. Paulo, a prioridade da PF é negociar a entrega de Luiz Inácio Lula da Silva com os seus advogados, após esgotado o prazo definido pelo juiz Sérgio Moro, até às 17:00 locais (21:00 em Lisboa), para este se entregar em Curitiba.
Mas frisaram que as suas equipas de Curitiba, São Paulo e Brasília estão agora a debater as próximas ações, garantindo que é possível retirar Lula da Silva do edifício sindical de São Bernardo do Campo, apesar dos milhares de pessoas concentradas naquela zona da cidade.
Entretanto, o comando da Polícia Militar (PM) decidiu que todo o Comando de Policiamento de Choque deverá permanecer em São Paulo "de prontidão", embora não haja qualquer ordem para que atue na captura do líder do PT (Partido dos Trabalhadores), noticiou também o Estadão.
"As ordens são para que a tropa intervenha apenas em caso de quebra da ordem pública", afirmou um coronel da PM citado pelo diário paulista.
Segundo o mesmo jornal, dois pelotões da tropa de choque foram enviados pelo comando da PM para São Bernardo do Campo: trata-se de cerca de 60 homens com um canhão de água e com ordens para agir apenas em caso de perturbação da ordem pública e se o policiamento territorial não for suficiente para a restaurar.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil rejeitou hoje um segundo pedido de 'habeas corpus' apresentado pelos advogados de defesa do ex-presidente Lula da Silva, para que este pudesse ficar em liberdade até esgotar todas as possibilidades de recurso na Justiça da sua condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e branqueamento de capitais.
Na madrugada de quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha também rejeitado um 'habeas corpus' apresentado pela defesa de Lula da Silva, após a rejeição pelo STJ de um "habeas corpus" preventivo.
Na sequência da decisão do STJ, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão de Lula da Silva e deu como prazo as 17:00 de hoje (horário de Brasília, 21:00 em Lisboa), para o ex-presidente brasileiro se apresentar voluntariamente à Polícia Federal na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, sul do Brasil.
Luiz Inácio Lula da Silva, 72 anos, foi o 35.º presidente do Brasil (2003-2011).