
Quatro outros corpos foram encontrados no rio Sena há duas semanas
Foto: Dimitar Dilkoff / AFP
A polícia francesa encontrou o corpo de um homem no rio Sena, nos arredores de Paris, na terça-feira, a poucos quilómetros de onde outros quatro corpos foram descobertos há duas semanas.
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Os corpos foram encontrados na localidade de Charenton-le-Pont (no departamento de Val-de-Marne, a sudeste de Paris), mas o Ministério Público esclareceu que o último corpo encontrado, "à primeira vista, não apresenta lesões sugestivas de violência" nem foi encontrado qualquer vínculo entre os dois eventos.
O corpo do homem, em avançado estado de decomposição e sem qualquer identificação, "estava a flutuar à deriva no Sena, perto do cais de Charenton, em Charenton-le-Pont", quando foi encontrado pela polícia fluvial, explicou o Ministério Público.
A polícia vai realizar uma autópsia e exames toxicológicos para determinar como morreu.
A descoberta ocorre duas semanas após os corpos de outros quatro homens também terem sido encontrados no rio Sena, perto da localidade de Choisy-le-Roi, quase oito quilómetros rio acima.
Dois dos corpos, segundo as autoridades, apresentavam sinais de estrangulamento. Os corpos, alguns deles seminus, foram encontrados a flutuar no rio Sena depois de um passageiro de um comboio em movimento ter visto um deles à distância.
Um homem sem-abrigo, cuja identidade e nacionalidade ainda são desconhecidas, embora tenha cerca de 20 anos, foi preso na última quarta-feira e acusado de homicídio este fim de semana. As autoridades já o tinham detido antes com documentos que pertenciam a uma das vítimas encontradas posteriormente.
Os procuradores indicaram que o homem se recusou a responder a perguntas sobre os supostos assassinatos, mas os investigadores estabeleceram um vínculo entre o suspeito e cada um dos quatro mortos: um cidadão argelino de 21 anos e um tunisiano de 26 anos, ambos sem-abrigo, um francês de 46 anos e outro argelino de 21 anos. Os quatro foram vistos em trajetos perto do rio frequentados pelo suspeito.
A associação contra a violência e o ódio contra a comunidade LGBTQIA+, Stop Homophobia, alega que há uma "possível motivação homofóbica por trás dessa série de crimes", pois as margens do rio onde os corpos foram encontrados eram um conhecido ponto de encontro para sexo casual.
