Mais de mil oficiais da Guarda Nacional (polícia militar) venezuelana vigiavam esta segunda-feira as ruas do município de Chacao (leste de Caracas), onde está situada a Praça de Altamira, epicentro de manifestações contra o Governo.
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"Evitaremos que os grupos violentos voltem a tomar a zona. Esta praça servirá de novo para caminhar, passear e que as pessoas possam vir sem medo", disse o chefe do Comando Regional de Operações da GN.
Manuel Quevedo explicou aos jornalistas que os guardas farão operações de vigilância "24 horas por dia" naquela região e que os resultados das forças de segurança têm sido muitpo positivos.
A ocupação da praça tem lugar dois dias depois de o presidente Nicolás Maduro dar um ultimato aos manifestantes para abandonarem o local, advertindo que ordenaria a "libertação" do espaço.
"Vou dar-lhes umas horas apenas, aos 'Chucky' (um boneco assassino num filme de terror norte-americano), aos assassinos que têm tomada a Praça de Altamira e a avenida Francisco de Miranda. Se não se retirarem libertarei esses espaços com a força pública. Vou dar-lhes umas horas para que vão para casa", afirmou Nicolás Maduro.
Segundo o general Manuel Quevedo, há estabelecimentos comerciais que durante os protestos não puderam abrir as portas e a militarização garante "que as pessoas possam vir, desfrutar de todos os espaços, numa área onde há muitos restaurantes".
Há 34 dias que a Venezuela é palco de protestos diários em várias cidades do país, durante os quais pelo menos 29 pessoas morreram e várias centenas ficaram feridas.